Desvantagem mecânica
Desvantagem mecânica
Está relacionada aos ângulos onde há um trabalho efetivo dos músculos alvo.
O uso inadequado desse conceito pode comprometer a segurança e, principalmente, o resultado.
Em exercícios multiarticulares (complexos) de puxar, basta não descansar em posições de alongamento.
Em exercícios multiarticulares (complexos) de empurrar, basta não utilizar encaixes articulares ou não descansar neles.
Em exercícios uniarticulares (isolamentos) com pesos livres basta evitar o alinhamento vertical entre peso e articulação.
Em exercícios uniarticulares em polias, vale a mesma orientação dos pesos livres, mas deve ser observada a direção e sentido da força transmitida pelo cabo e, então,, verificar o alinhamento com a articulação.
Em máquinas modernas, há uma tendência a não ocorrer vantagens mecânicas, devido aos sistemas de roldanas irregulares, porém, não as torna necessariamente mais eficazes que pesos livres.
O que é isso?
Desvantagem mecânica está diretamente relacionada ao torque ou momento de força, que seria a capacidade de uma força mover uma alavanca em torno de um eixo. Ou seja, a capacidade da carga em vencer a força aplicada pelo músculo alvo.
Em palavras simples, seria dizer que são os ângulos onde há exigência do músculo para elevar ou resistir à carga. Junto com o ajuste de posição e a amplitude de movimento, o bom uso das desvantagens mecânicas é fundamental para um bom treinamento. Por exemplo, no bíceps Scott, quando o punho ultrapassa horizontalmente o cotovelo, vindo em direção ao ombro, o vetor que deveria ser contrário ao vetor do bíceps, passa a trabalhar no mesmo sentido, ou seja, o movimento ocorre mesmo sem o bíceps se contrair, tornando-se uma posição de descanso para o bíceps, logo, reduzindo a efetividade do exercício.
Exercícios multiarticulares (cadeia cinética fechada ou complexos)
Nos exercícios para dorsais, como puxadas e remadas, não há grandes dificuldades. A única recomendação é que não haja descanso nas posições de alongamento.
Já em exercícios de empurrar (como os supinos, desenvolvimentos, agachamentos e leg press) ocorrem encaixes articulares, ou seja, pontos onde a sobrecarga que deveria recair sobre os músculos é direcionada aos ossos e articulações, o que é comprovado através de eletromiografia e avaliações de metabolismo. Sendo assim, mesmo fazendo parte do movimento, não se deve passar muito tempo nessas posições e, se possível, evitá-las, visto que estudos demonstram que o ato de descansar alguns segundos entre repetições reduz muito a efetividade do exercício, principalmente em treinos com maior tempo de contração e cargas não muito elevadas (didaticamente chamados de metabólicos).
Essa abordagem sobre os encaixes articulares vale tanto para exercícios livres quanto para exercícios em máquinas.
Exercícios Uniarticulares com pesos livres
Nos exercícios uniarticulares (isolamentos) é muito clara essa visualização, basta identificar os 2 pontos onde o peso e a articulação em questão alinham-se verticalmente. O movimento deve ocorrer apenas nos ângulos entre esses 2 pontos.
Nesse caso, os erros mais comuns, além do romentado na rosca Scott, são as elevações laterais com posições de descanso com o peso abaixado e no crucifixo com halteres, onde há uma tendência a ultrapassar o peso da linha vertical com o ombro, chegando até a tocar os pesos.
Em exercícios em polias, vale a mesma regra, basta apenas lembrar-se que neste caso, a ação da gravidade sobre o peso está sendo transmitida por cabos, logo, deve-se achar a direção e o sentido do movimento imposto pela carga e utilizar o mesmo raciocínio.
Exercícios uniarticulares em máquinas.
Atualmente, as indústrias de equipamentos para academias têm buscado aperfeiçoar suas máquinas, tentando evitar que haja vantagens mecânicas, ou seja, proporcionando desvantagens mecânicas em toda a amplitude do movimento, impedindo que o músculo entre em uma posição de descanso, o que eles chamam de sistemas de roldanas inteligentes ou irregulares.
Partindo dessa ideia, cada máquina deve ser analisada de modo individual, tornando impossível a explicação num texto breve como esse.
Conclusão
A amplitude do exercício é um fator primordial para a boa qualidade de execução. Porém, deve ser sempre observado se há solicitação do músculo em toda a extensão do movimento, caso contrário, não haverá um estresse muscular efetivo. Isso quer dizer que o bom aproveitamento das desvantagens mecânicas pode ser um método muito efetivo de buscar resultados com segurança, afinal, o bom uso desses conceitos de cinética angular faz com o que o músculo seja estimulado de maneira adequada, reduzindo o estresse articular, ou seja, mais resultados com mais segurança. Nesse sentido, é fundamental não só uma boa prescrição de treinamento, mas também, um excelente acompanhamento, pois também é possível que o treino seja prescrito de modo adequado, porém o aluno, na hora de executar, dê as suas “roubadinhas” e, estando o professor atento a isso, sua correção é fundamental aos resultados efetivos e seguros.
Está relacionada aos ângulos onde há um trabalho efetivo dos músculos alvo.
O uso inadequado desse conceito pode comprometer a segurança e, principalmente, o resultado.
Em exercícios multiarticulares (complexos) de puxar, basta não descansar em posições de alongamento.
Em exercícios multiarticulares (complexos) de empurrar, basta não utilizar encaixes articulares ou não descansar neles.
Em exercícios uniarticulares (isolamentos) com pesos livres basta evitar o alinhamento vertical entre peso e articulação.
Em exercícios uniarticulares em polias, vale a mesma orientação dos pesos livres, mas deve ser observada a direção e sentido da força transmitida pelo cabo e, então,, verificar o alinhamento com a articulação.
Em máquinas modernas, há uma tendência a não ocorrer vantagens mecânicas, devido aos sistemas de roldanas irregulares, porém, não as torna necessariamente mais eficazes que pesos livres.
O que é isso?
Desvantagem mecânica está diretamente relacionada ao torque ou momento de força, que seria a capacidade de uma força mover uma alavanca em torno de um eixo. Ou seja, a capacidade da carga em vencer a força aplicada pelo músculo alvo.
Em palavras simples, seria dizer que são os ângulos onde há exigência do músculo para elevar ou resistir à carga. Junto com o ajuste de posição e a amplitude de movimento, o bom uso das desvantagens mecânicas é fundamental para um bom treinamento. Por exemplo, no bíceps Scott, quando o punho ultrapassa horizontalmente o cotovelo, vindo em direção ao ombro, o vetor que deveria ser contrário ao vetor do bíceps, passa a trabalhar no mesmo sentido, ou seja, o movimento ocorre mesmo sem o bíceps se contrair, tornando-se uma posição de descanso para o bíceps, logo, reduzindo a efetividade do exercício.
Exercícios multiarticulares (cadeia cinética fechada ou complexos)
Nos exercícios para dorsais, como puxadas e remadas, não há grandes dificuldades. A única recomendação é que não haja descanso nas posições de alongamento.
Já em exercícios de empurrar (como os supinos, desenvolvimentos, agachamentos e leg press) ocorrem encaixes articulares, ou seja, pontos onde a sobrecarga que deveria recair sobre os músculos é direcionada aos ossos e articulações, o que é comprovado através de eletromiografia e avaliações de metabolismo. Sendo assim, mesmo fazendo parte do movimento, não se deve passar muito tempo nessas posições e, se possível, evitá-las, visto que estudos demonstram que o ato de descansar alguns segundos entre repetições reduz muito a efetividade do exercício, principalmente em treinos com maior tempo de contração e cargas não muito elevadas (didaticamente chamados de metabólicos).
Essa abordagem sobre os encaixes articulares vale tanto para exercícios livres quanto para exercícios em máquinas.
Exercícios Uniarticulares com pesos livres
Nos exercícios uniarticulares (isolamentos) é muito clara essa visualização, basta identificar os 2 pontos onde o peso e a articulação em questão alinham-se verticalmente. O movimento deve ocorrer apenas nos ângulos entre esses 2 pontos.
Nesse caso, os erros mais comuns, além do romentado na rosca Scott, são as elevações laterais com posições de descanso com o peso abaixado e no crucifixo com halteres, onde há uma tendência a ultrapassar o peso da linha vertical com o ombro, chegando até a tocar os pesos.
Em exercícios em polias, vale a mesma regra, basta apenas lembrar-se que neste caso, a ação da gravidade sobre o peso está sendo transmitida por cabos, logo, deve-se achar a direção e o sentido do movimento imposto pela carga e utilizar o mesmo raciocínio.
Exercícios uniarticulares em máquinas.
Atualmente, as indústrias de equipamentos para academias têm buscado aperfeiçoar suas máquinas, tentando evitar que haja vantagens mecânicas, ou seja, proporcionando desvantagens mecânicas em toda a amplitude do movimento, impedindo que o músculo entre em uma posição de descanso, o que eles chamam de sistemas de roldanas inteligentes ou irregulares.
Partindo dessa ideia, cada máquina deve ser analisada de modo individual, tornando impossível a explicação num texto breve como esse.
Conclusão
A amplitude do exercício é um fator primordial para a boa qualidade de execução. Porém, deve ser sempre observado se há solicitação do músculo em toda a extensão do movimento, caso contrário, não haverá um estresse muscular efetivo. Isso quer dizer que o bom aproveitamento das desvantagens mecânicas pode ser um método muito efetivo de buscar resultados com segurança, afinal, o bom uso desses conceitos de cinética angular faz com o que o músculo seja estimulado de maneira adequada, reduzindo o estresse articular, ou seja, mais resultados com mais segurança. Nesse sentido, é fundamental não só uma boa prescrição de treinamento, mas também, um excelente acompanhamento, pois também é possível que o treino seja prescrito de modo adequado, porém o aluno, na hora de executar, dê as suas “roubadinhas” e, estando o professor atento a isso, sua correção é fundamental aos resultados efetivos e seguros.
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