Glutamina

Para ganhar massa muscular e ficar com aquele corpão, cada vez mais homens e mulheres recorrem aos suplementos de aminoácidos. O motivo é bem fácil de entender, essas substâncias são fundamentais na formação das proteínas e, por consequência, dos músculos. A Glutamina está entre os suplementos mais procurados porque, apesar desse aminoácido ser sintetizado em nosso organismo, sofre redução considerável durante exercícios intensos. Mas não é só isso! A pesar de classificada como aminoácido não essencial, isso não quer dizer que a Glutamina não tenha importância. Pelo contrario, ela participa de funções vitais para o funcionamento adequado de pulmões, coração, rins, fígado e intestino, entre outros órgãos. Ela é o aminoácido mais abundante no plasma e tecidos, principalmente no muscular. A Glutamina é produzida por células do cérebro e pulmões, mas muito consumida pelas células do intestino, sistema imunológico e rins. No caso do intestino, por exemplo, ela atua na melhora de doenças como a Síndrome do Cólon Irritável, pois é uma espécie de “combustível energético” das células intestinais, ajudando a manter a integridade do órgão. O transporte de amônia e nitrogênio no sangue também é beneficiado pela Glutamina. Além disso, é fonte primária de energia para o nosso sistema imunológico, ou seja, a falta dela pode aumentar a incidência de enfermidades. Em situações como infecções, traumas, câncer e prática esportiva intensa acontecem mudanças nas concentrações de Glutamina. Por isso, é necessário repor esses níveis por meio da dieta e/ou suplementação. A falta de Glutamina pode causar perda de massa muscular e baixa imunidade, pois se não houver energia suficiente durante o treino, os aminoácidos dos músculos são utilizados nessa função. Através de estudos, hoje se sabe que atividades físicas prolongadas e extenuantes podem reduzir a disponibilidade de Glutamina para o sistema imunológico do atleta, torna-o mais propenso a infecções respiratórias. Pesquisas revelaram que uma dose de 5g de Glutamina em 330ml de água, ingerida por maratonistas, ultramaratonistas e corredores de média distância depois de forte treinamento ou competição foi suficiente para reduzir a ocorrência de problemas respiratórios nos sete dias seguintes. Porém, uma grande dificuldade na suplementação de Glutamina é o fato de que, pelo menos 50% dela, são utilizados pelas células do intestino. E ainda: a forma da Glutamina que encontramos nas lojas é a L- glutamina, a livre. A ideal para as células musculares é a Dipeptídica, suplemento muito caro e difícil de achar. Uma alternativa seria a utilização dos aminoácidos de cadeia ramificada, os BCAA´s, presentes em grandes quantidades nas proteínas dos músculos esqueléticos. Eles ajudam na produção de energia e na síntese de Glutamina durante os exercícios. Mas vale o bom senso se você pratica atividades físicas regularmente, apenas 3 ou 4 vezes na semana, corridas leves, o ideal é focar apenas na sua dieta. Já quem vai à academia todo dia, combina os exercícios de carga com outros (aeróbicos como natação, corridas e as lutas marciais), provavelmente terá necessidade de complementar a nutrição, pois o corpo é mais exigido e sofre maior desgaste energético e muscular. Efeitos colaterais da Glutamina, Na maioria das pesquisas realizadas entre pessoas saudáveis que consumiram a Glutamina por “certo período”, chegou-se à conclusão que seu uso é relativamente seguro. Porém, constipação e flatulência são relatadas como efeitos colaterais da Glutamina,. Os diabéticos, por sua vez, precisam de acompanhamento mais rigoroso, pois estudos já comprovaram que eles não metabolizam esse aminoácido de forma normal. Fica a dica: suplementação deve ser prescrita por nutricionista ou médico, considerando as necessidades individuais, ingestão alimentar, atividade física e etapas do treinamento. Não ponha sua saúde em risco!

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