Kendo


O Kendo surgiu no Japão nas últimas décadas do século XIX, como uma simplificação do Kenjutsu, a arte japonesa de combate com a espada.
O objetivo dos idealizadores do Kendo era manter viva a arte da espada nos tempos modernos, como uma prática acessível a todos. Para tanto, alguns estilos de Kenjutsu foram tomados como base e simplificados, de forma que pudessem ser aplicados por qualquer pessoa sem riscos de segurança. Foi adotado o uso de Bogu (armadura de proteção para treino) e do Shinai (espada de Bambu).
Mesmo assim, nos primeiros anos, a influência do Kenjutsu no Kendo ainda era bem evidente. Era comum praticantes que tinham contato com outros estilos de Kenjutsu utilizarem técnicas não ortodoxas, como duas espadas e posturas de combate destes estilos.
Com a derrota do Japão na 2ª Guerra Mundial, em 1945, a pratica do Budo (Artes Marciais) foi proibida, pois era um dos instrumentos usados pelo governo japonês para inflamar o espírito nacionalista.
Após 7 anos de proibição, fomou-se um comitê para a re-elaboração do Kendo, que deveria seguir os moldes dos esportes modernos, como o basquete, o basebol ou o futebol. A elaboração do Kendo moderno levou 3 anos e foi apresentado ao governo de ocupação como uma forma de esgrima em que se usava as duas mãos.
Kendo
Surgiu então o "Kendo Moderno". O uso de posturas de combate no Kendo foi limitado ao chudan (postura do meio), por se assemelhar à esgrima ocidental. A influência do Kenjutsu foi minimizada. Nesta época, os praticantes que eram flagrados utilizando outras posturas ou duas espadas, eram detidos e levados aos Head Quarters (quartéis-generais) americanos para interrogatório.
Com o término da ocupação americana foi fundada Zen Nihon Kendo Remmei (Federação Japonesa de Kendo) em 1952 e posteriormente a International Kendo Federation (Federação Internacional de Kendo) em 1970. Hoje em dia o Kendo é praticado em quase todos os países do mundo.
No Brasil, o Kendo é praticado desde o início da imigração japonesa.

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