PREVENÇÔES PARA CRIANÇAS
Dicas de Prevenção
A prevenção é a principal saída para a problemática dos acidentes, mas esta ainda permanece como um desafio. A prevenção não é encarada como prioridade no País. Muitas vezes é necessário que os problemas ocorram – dengue, AIDS, alagamentos, drogas – para só depois se rever os prejuízos. Além disso, o acidente nem sempre é notificado e tratado como tal, gerando ainda mais obstáculos na busca de soluções.
Com a conscientização da sociedade, pelo menos 90% dos acidentes poderiam ser evitados com atitudes preventivas, como:
- Ações Educativas;
- Modificações no meio ambiente;
- Modificações de engenharia;
- Criação e cumprimento de legislação e regulamentação específicas.
Algumas dicas também podem ser adotadas no dia-a-dia, diminuindo ainda mais os riscos
No Brasil, afogamentos são a segunda causa de morte e a oitava de hospitalização, entre os acidentes, na faixa etária de 1 a 14 anos. Segundo o Ministério da Saúde, em 2007, 1.382 crianças de até 14 anos morreram vítimas de afogamentos, o que representa uma média diária de quase 4 óbitos. É importante salientar que os perigos não estão apenas nas águas abertas como mares, represas e rios. Para uma criança que está começando a andar, por exemplo, três dedos de água representam um grande risco. Assim elas podem se afogar em piscinas, cisternas e até em baldes, banheiras e vasos sanitários.
Outro fator que contribui para que o afogamento seja um dos acidentes mais letais para crianças e adolescentes é que o mesmo acontece de forma rápida e silenciosa. Vamos imaginar um banho de banheira de um bebê:
• Ao deixar a criança na banheira para pegar uma toalha: cerca de 10 segundos são suficientes para que a criança fique submersa;
• Ao atender ao telefone: apenas 2 minutos são suficientes para que a criança submersa na banheira perca a consciência;
• Sair para atender a porta da frente: uma criança submersa na banheira ou na piscina entre 4 a 6 minutos pode ficar com danos permanentes no cérebro
Ganhar a primeira bicicleta, tirar as rodinhas e pedalar por conta própria são momentos inesquecíveis para a criança. Mais que brinquedos, a bicicleta, o patins, o patinete e o skate representam liberdade e independência. Mas esta brincadeira exige cuidados! Segundo o Ministério da Saúde, em 2007, 133 crianças de até 14 anos morreram e 2.751 foram hospitalizadas vítimas de acidentes com bicicletas. Estes acidentes representaram a quarta causa de morte de crianças de 10 a 14 anos e a quinta no caso de crianças de 5 a 9 anos.
Como proteger a criança deste acidente
Ao andar de bicicleta, skate ou patins, um dos maiores perigos é a lesão na cabeça, que pode levar à morte ou deixar sequelas permanentes. A maneira mais efetiva de reduzir lesões na cabeça é usar o capacete. Esta única medida de segurança pode reduzir este risco, incluindo a possibilidade de traumatismo craniano, em até 85%.
Veja algumas dicas para proteger a criança enquanto ela brinca de bicicleta:
• Compre um capacete para a criança. Ele deve ter o selo do Inmetro como garantia de que passou por testes como brinquedo, pois não existem normas brasileiras de certificação de capacetes de bicicleta;
• O tamanho é essencial. O capacete deve ser confortável, nunca apertado. Também não pode ficar solto, balançando de um lado para o outro;
• Tenha certeza de que a criança está usando o capacete corretamente: centrado na parte de cima da cabeça e com as tiras ajustadas e afiveladas sob o queixo;
• Se a criança está relutante em usar o produto, deixe que ela escolha o próprio capacete com a cor e o estilo que achar melhor, e converse com ela sobre a segurança que o capacete promove. Dessa forma, ela não vai tirar o capacete quando o adulto não estiver por perto;
• Converse com outros responsáveis para que eles convençam suas crianças a usar o capacete também. Elas usam mais o capacete quando estão com outras que fazem o mesmo;
• Para andar de bicicleta, as crianças devem sempre usar sapatos fechados e evitar cadarços folgados ou soltos;
• A brincadeira com a bicicleta deve acontecer em locais seguros, como parques, ciclovias e praças, fora do fluxo de carros e longe de piscinas e sacadas;
• Vigilância é essencial até que as crianças desenvolvam as habilidades necessárias para o trânsito.
O responsável deve ser exemplo para que a criança possa brincar com sua bicicleta em locais seguros. Portanto, os adultos de bicicleta devem seguir as regras de trânsito.
• Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, a bicicleta é um veículo, não um brinquedo. Andar de bicicleta, especialmente no trânsito, exige importante responsabilidade. Para a criança porém, a bicicleta será sempre um brinquedo que exige muito cuidado, mesmo em locais seguros e afastados do trânsito;
• Andar à direita dos veículos no sentido do trânsito, não contra ele;
• Usar sinais de mão apropriados;
• Respeitar os sinais de trânsito e parar em todos os sinais vermelhos;
• Parar e olhar para a esquerda, direita e esquerda novamente antes de entrar em uma rua;
• Olhar para trás e esperar o fluxo de carros que vem antes de virar para a esquerda num cruzamento;
•Usar os refletores, o espelho e a buzina na bicicleta;
• Não andar quando estiver escuro. Se andar ao anoitecer ou de madrugada, é imprescindível usar material refletor na roupa, na bicicleta e nos demais equipamentos de segurança.
• Uma bicicleta apropriada e com manutenção em dia contribui para a prevenção de acidentes: os pneus devem estar firmes e devidamente cheios, os refletores devem estar seguros e bem presos, os freios funcionando perfeitamente e as marchas movendo-se com facilidade;
• Os pés da criança devem alcançar o chão enquanto ela estiver sentada no assento da bicicleta.
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